Nascido na cidade de Messejana, em primeiro 1º de maio de 1829, Rio de Janeiro. José Martiniano de Alencar foi um jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo brasileiro. Destacou-se com sua obra indigenista Iracema (1865), epopéia sobre a origem do Ceará, tem como personagem principal a índia Iracema, a "virgem dos lábios de mel" de "cabelos tão escuros como a asa da graúna”. O romance conta, de forma poética, o amor quase impossível entre um branco, Martim Soares Moreno, pela bela índia Iracema.
A história se inicia com Martim e seu amigo Poti, ambos da tribo dos pitiguaras e inimigos dos tabajaras, saindo à caça. Com isso, o guerreiro branco se perde na mata, sendo atingido por uma flecha lançada por Iracema, assustada com a presença do estrangeiro. A índia arrependida de seu ato, quebra com Martim a “flecha da paz”, gesto que simbolizava a amizade. A mesma então o salva, levando-o para sua aldeia. Araquém, pai da virgem dos lábios de mel acolhe o rapaz mesmo dizendo que é da tribo adversária. Iracema leva servente a Martim, mas esse não aceita, pois esperava ficar com ela. Entretanto, a índia era especial para os tabajaras, ao invés de se casar como as outras, ela havia sido escolhida para guardar o segredo de Jurema e fabricava para o pajé a bebida de Tupã, distribuída entre os guerreiros nos rituais religiosos. Para manter-se pura, Iracema devia permanecer virgem. Mas a mesma não cumpre com o combinado, pois acaba se apaixonando por Martim, fato que é tomado como traição. Com isso, eles resolvem fugir com a ajuda de Poti. Irapuã, chefe da tribo tabajara, apaixonado por Iracema, movido por ciúmes queria se vingar do estrangeiro, armando uma guerra com seus rivais, no entanto começa a guerra em que os portugueses lutam contra indígenas, mas que o guerreiro não contava com a derrota. A índia que além de sofrer com a perda de seu povo, tem que aprender a conviver longe de seu amado, que teve que partir a procura de amenizar a saudade da distante origem, deixando-a grávida. Ao retornar, ele a encontra a beira da morte de tanto se esforçar para alimentar seu filho Moacir, nascido da dor. Em meio a tanto sofrimento, Iracema não resiste à debilitação e falece. Martim a enterra ao pé de um coqueiro, no qual ele mais gosta e assim quando o vento soprar, a índia ouvirá sua voz.
Contudo, a índia por amor a Martim abandona sua tribo. Se entregando, de certa forma, ao sofrimento. Dessa maneira, a obra mostra a miscigenação (indígena e européia), de onde surge Moacir. Sendo caracterizada também, por um anagrama de América.
Muito bem, Thais!!
ResponderExcluirGostei da resenha e da frase que abre tua página, de Carlos Drummond de Andrade. Poeta Mor!
Parabéns pelo blog!
Continue postando...
Bjs